segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Cemiterios e a questão ambiental

Meio Ambiente/Ecologia
Cemitérios e a Questão Ambiental
13/06/2003
http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/1500

Vez por outra temos que tratar de assuntos que para muitos não é nada simpático. Dessa forma, aqueles que acham que não devam conhecer, por motivos variados, a questão dos cemitérios envolvendo aspectos relacionados ao meio ambiente, recomendo que parem por aqui.
O que me levou a escrever sobre esse tema foi a leitura, neste mesmo "Diário do Vale". que informava os preços na "hora da morte" que se têm que pagar para fazer um sepultamento. Mas o assunto, apesar da lembrança do artigo, nada tem a haver com esses custos. A coisa toda é meramente ambiental.
Em primeiro lugar, para começarmos a nos entender, vamos diferenciar, para o objetivo proposto, uma pessoa viva de uma que morreu. A pessoa viva é um organismo em constantes mutações biológicas, físicas e químicas, próprias do ser vivo; suas formas de poluir o ambiente são bastante conhecidas e definidas. A pessoa morta é, também, um organismo em constantes mutações biológicas, físicas e químicas, só que, a forma com ela polui o ambiente é bastante diferenciada, visto que isso se faz através daquelas pequenos animais, bactérias inclusive que estão vivas e que são responsáveis por processarem a decomposição da matéria orgânica morta, isto é, do corpo do ser que morreu.
Por que, ao morrer, as pessoas são "descartadas como se resíduos fossem"? - desculpem a expressão muito técnica para o assunto. Simplesmente, pelas conseqüências advindas do processo de decomposição do corpo que irá gerar mal estar aos demais seres que estão vivos.
As formas comuns de "disposição" dos cadáveres variam de acordo com as disponibilidades, credos etc. São elas o enterramento no solo ou em gavetas e a incineração.
Vamos, neste artigo, considerar o enterrramento no solo.
A rigor, um cemitério, no que se refere ao enterramento no solo, muito se compara a um aterro sanitário para lixos domésticos, visto que as matérias enterradas são orgânicas, em essência, mas com um agravante, é um aterro sanitário com muito "lixo hospitalar" misturado, visto que, a maioria das matérias orgânicas enterradas carregam consigo bactérias e vírus de todas as espécies e que foram, provavelmente, a causa da morte. Além disso, é importante considerar que metais pesados, advindo de próteses, materiais das urnas etc. vão dar, também, sua contribuição poluidora, vistos os ácidos orgânicos gerados na decomposição cadavérica e que irão reagir com esses metais, isso tudo sem levar em conta, ainda, os resíduos nucleares advindos das aplicações recebidas pelo ser em vida.
Com tudo isso, o solo, que recebe esses ingredientes, de uma forma ou de outra, irá se saturar com eles e apesar de sua capacidade de autodepuração, propiciará que nele se infiltrem tais ingredientes.
Se, por acaso, águas subterrâneas pouco profundas passam sob o terreno do cemitério, elas servirão de transporte de todos esses materiais, podendo fazer com que atinjam as águas de utilização comum das populações vizinhas.
De acordo com isso, as preocupações prévias para a implantação de cemitérios são válidas e devem ser levadas muito a sério, visando evitar efeitos nocivos às populações.
Gil Portugal

Cemitério:questão social e de saúde pública - Fausto Leite

Cemitério: questão ambiental e de saúde pública - Fausto Leite
http://www.infonet.com.br/faustoleite/ler.asp?id=59719&titulo=Fausto_Leite


Um dos assuntos que poucos gostam de comentar é sobre os cemitérios. As pessoas possuem ojeriza ao local onde descansam os desencarnados, mas é preciso conhecê-los por motivos variados, pois envolvem aspectos relacionados ao meio ambiente e saúde ...
04/06/2007 - 14:27
Um dos assuntos que poucos gostam de comentar é sobre os cemitérios. As pessoas possuem ojeriza ao local onde descansam os desencarnados, mas é preciso conhecê-los por motivos variados, pois envolvem aspectos relacionados ao meio ambiente e saúde pública. É preciso que os governantes tenham mais sensibilidade sobre o tema, principalmente pelo fato que não mais se concebe urnas sem planejamento como se vê nos principais cemitérios de Aracaju que não estão devidamente adequados a legislação. Isso vem gerando diversas reclamações por parte de moradores que residem nas imediações destes. Motivo gerador de algumas audiências públicas.Existe uma legislação federal sobre as condições mínimas necessárias para o licenciamento ambiental de cemitérios no Brasil, a Resolução 335 de 3 de abril de 2003 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Não se tem uma definição concreta sobre a aplicação desta Resolução, no entanto, sobre o impacto efetivo deste serviço e sobre o ambiente, o risco para a população vizinha e as restrições e cuidados que podem ser exigidos para o seu controle.Este assunto tem gerado controvérsias não só no Brasil, mas em vários outros países. Uma peculiaridade dos cemitérios em relação a outras atividades urbanas potencialmente impactantes é que o sepultamento tem conotações culturais e religiosas diversas que devem ser respeitadas, dificultando a adoção de um padrão único por parte dos órgãos governamentais.Outra característica que se evidencia em âmbitos nacional e externo, é a carência de dados de monitoramento em quantidade e diversidade suficientes para uma análise mais conclusiva, o que alimenta a polêmica sobre as restrições impostas pela legislação ao setor. Deve haver um estudo para o desenvolvimento e revisão das legislações nacionais, estaduais e municipais pertinentes; dados secundários de alguns poucos cemitérios investigados em Aracaju mostram que o único que atende a todas as normas da legislação é o cemitério Colina da Saudade, localizado no bairro Santa Lúcia. Primeiro por estar localizado longe de lençóis freáticos e centros urbanos. Segundo por obedecer ao estado-da-arte do conhecimento sobre transporte e retenção de espécies químicas e microorganismos em solo e água subterrânea. Terceiro por possuir condições de funcionamento para cemitérios horizontais, práticas usuais de sepultamento adotadas no Brasil e sobre os processos de degradação do corpo humano após a morte. Sem melindres, vamos diferenciar uma pessoa viva de uma que morreu. A pessoa viva é um organismo em constantes mutações biológicas, físicas e químicas, próprias do ser vivo; suas formas de poluir o ambiente são bastante conhecidas e definidas. A pessoa morta é, também, um organismo em constantes mutações biológicas, físicas e químicas, só que, a forma com ela polui o ambiente é bastante diferenciada, visto que isso se faz através daquelas pequenos animais, bactérias inclusive que estão vivas e que são responsáveis por processarem a decomposição da matéria orgânica morta, isto é, do corpo do ser que morreu.A rigor, um cemitério, no que se refere ao enterramento no solo, muito se compara a um aterro sanitário para lixos domésticos, visto que as matérias enterradas são orgânicas, em essência, mas com um agravante, é um aterro sanitário com muito "lixo hospitalar" misturado, visto que, a maioria das matérias orgânicas enterradas carregam consigo bactérias e vírus de todas as espécies e que foram, provavelmente, a causa da morte. Além disso, é importante considerar que metais pesados, advindo de próteses, materiais das urnas etc. vão dar, também, sua contribuição poluidora, vistos os ácidos orgânicos gerados na decomposição cadavérica e que irão reagir com esses metais, isso tudo sem levar em conta, ainda, os resíduos nucleares advindos das aplicações recebidas pelo ser em vida.De acordo com isso, as preocupações prévias para a implantação de cemitérios são válidas e devem ser levadas muito a sério, visando evitar efeitos nocivos às populações. É preciso também que as autoridades tomem providências imediatas, objetivando promover mais alterações na Resolução 335/2003 para tentar fazer com que elas sejam compatíveis com a necessidade das prefeituras, sem que para isso seja preciso colocar em risco o meio ambiente e a saúde pública das pessoas.Dica de Livros

Editora Saraiva: Os Novos Títulos na Coleção Estudos Direcionados: Processo Civil I – Teoria Geral do Processo de Conhecimento -, de Josyanne Nazareth de Souza e Rodrigo Colnago, com 144 páginas custa R$ 35,90 /// Direito Ambiental, de Sandro D´Amato Nogueira, com 300 pa´ginas, custa R$ 35,90 /// Direito Internacional – Público e Privado -, de Edson Ricardo Saleme e José Augusto Fontoura Costa, com 160 páginas, custa R$ 35,90. /// O Código de Processo Civil e Legislação Processual em Vigor, de Theotônio Negrão e José Roberto Gouvêa, está atualizada atpe janeiro de 2007, esta consagrada obra destina-se a todos aqueles que buscam uma fonte segura de conhecimento. Suas notas, minuciosamente explicadas facilitam até mesmo a compreensão dos leigos, com 2.292 páginas, custa R$ 179. /// O Código Civil e Legislação em Vigor, de Theotônio Negrão e José Roberto Gouvêa, obra atalizada até 16 de janeiro de 2.007 contém praticamente toda legislação civil em vigor, além de inúmeros dispositivos, como o Código Civil revogado de 1916, com 2.000 págians, custa R4 159. /// O livro Introdução ao Ministério Público, de Hugo Nogre Mazzilli, faz uma análise objetiva do Ministério Público, com 336 páginas, custa R$ 64. Pode (m) ser adquirido pelo site: http://www.saraiva.com.br, ou pelos telefones: (011) 3933 3366.

Editora Revista dos Tribunais: O livro O CONTRADITÓRIO NOS RECURSOS CÍVEIS E NO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO, de José Alexandre Manzano Oliani, traz os princípios jurídicos são, por natureza, normas abertas, e, por isso, sua aplicação prática exige a intervenção do interprete, motivo pelo qual o autor faz uma investigação inicial acerca das normas jurídicas ao longo da história, com 192 páginas, custa R$ 34. Pode (m) ser adquirido (s) pela homepage: www.rt.com.br, ou pelos telefones: (11) 3613 8450.

Editora Atlas: O livro Controladoria e Governança na Gestão Pública, de Valmor Slomski, apresenta um conjunto de temas que deve fazer parte do dia-a-dia do gestor público para a maximização do valor dos recursos públicos, com 146 páginas, custa R$ 29. Pode (m) ser adquirido (s) pelo site: www.atlasnet.com.br. ou pelo 0800-171944.

Editora Impetus: O livro Resumo de Direito Previdenciário, de Kerlly Huback Bragança, é destinada especialmente aos que estão iniciando os Estudos de Direito Tributário Didático, mas dotado de densidade jurídica, é um instrumento útil para um aprendizado seguro e célere da matéria, com 344 páginas, custa R$ 49. Pode (m) ser adquirido (s) pelo site: publicidade@editoraimpetus.com.br, ou pelo telefones (021 – 2621-7007).

(*) é advogado, jornalista, radialista, professor universitário (FASER – Faculdade Sergipana) e mestrando em ciências políticas. Cartas e sugestões deverão ser enviadas para a Av. Pedro Paes de Azevedo, 618, Bairro Salgado Filho, Aracaju/SE. Contato pelos telefones: 9137 0476 // Fax: (79) 3246 0444. E-mail: faustoleite@infonet.com.br

Cemitérios e Meio Ambiente - Prof.Dr.Pacheco



Cemitérios e Meio Ambiente

Universidade de São Paulo
Instituto de Geociências
Como os cemitérios podem contaminar as águas subterrâneas
Coordenador: Prof. Dr. Alberto Pacheco (apacheco [@] ana.gov.br)
Pesquisador: Bolivar A. Matos, PhD (bolivar [@] ana.gov.br)
Os cemitérios podem ser fonte geradora de impactos ambientais. A localização e operação inadequadas de necrópoles em meios urbanos podem provocar a contaminação de mananciais hídricos por microrganismos que proliferam no processo de decomposição dos corpos. Se o aqüífero freático for contaminado na área interna do cemitério, esta contaminação poderá fluir para regiões próximas, aumentando o risco de saúde nas pessoas que venham a utilizar desta água captada através de poços rasos.A figura mostra o extravasamento do necrochorume em um cemitério de São Paulo
Este trabalho avaliou a ocorrência e o transporte de microrganismos no aqüífero freático do cemitério de Vila Nova Cachoeirinha, localizado em terrenos pré-cambrianos, zona norte do município de São Paulo.
A metodologia aplicada foi dividida em etapas de laboratório e de campo. No laboratório, foram montadas colunas de solo do cemitério. Traçadores químico e biológico foram injetados nas colunas e o seu fluxo monitorado no efluente. Um modelo numérico foi usado para simular o transporte dos traçadores nas colunas. Em campo, foram realizadas investigações a fim de caracterizar o aqüífero freático. O monitoramento da qualidade das águas foi realizado para estudar a ocorrência e o transporte de elementos químicos, bactérias e vírus nas águas subterrâneas.
No cemitério, o embasamento está à cerca de 9,0 m de profundidade na cota mais baixa e 20,5 m no topo. O nível freático encontra-se entre 4 e mais de 16 m. O solo do cemitério é formado pelo material de alteração das rochas graníticas, de caráter predominantemente argiloso (~43% de argila), pH =5,0, matéria orgânica entre 0,7 e 4,2% e capacidade de troca de cátions entre 10,2 e 109,0 mmolc/kg. A condutividade hidráulica do aqüífero varia de 2,90 x 10-8 a 8,41 x 10-5 m/s. O gradiente hidráulico na porção oeste do cemitério é de aproximadamente 0,07 m/m; considerando o meio homogêneo e isotrópico e uma porosidade efetiva de 2%, a velocidade linear média foi estimada em 8 cm/dia.
As amostras de água do aqüífero freático do cemitério de Vila Nova Cachoeirinha apresentaram, principalmente, bactérias heterotróficas (53 x 103 UFC/mL), bactérias proteolíticas (31 NMP/100 mL) e clostrídios sulfito-redutores (45 NMP/100 mL). Também foram encontrados enterovírus e adenovírus nas amostras. As principais fontes de contaminação das águas subterrâneas no cemitério são as sepulturas com menos de um ano, localizadas nas cotas mais baixas, próximas ao nível freático. Nestes locais, é maior a ocorrência de bactérias em geral. Há um grande consumo do oxigênio existente nas águas. As sepulturas ainda provocam um acréscimo na quantidade de sais minerais, aumentando a condutividade elétrica destas águas. Parece haver um aumento na concentração dos íons maiores bicarbonato, cloreto, sódio e cálcio, e dos metais ferro, alumínio, chumbo e zinco nas águas próximas de sepulturas.
As bactérias são transportadas poucos metros, diminuindo em concentração com o aumento da distância à fonte de contaminação. Os vírus parecem ter uma mobilidade maior que as bactérias, podendo atingir algumas dezenas de metros no aqüífero freático do cemitério de Vila Nova Cachoeirinha. Os vírus foram transportados, no mínimo, 3,2 m na zona não saturada até alcançar o aqüífero.
Este projeto teve a colaboração do Laboratório de Microbiologia Ambiental do Instituto de Ciências Biomédicas e do Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas (CEPAS) da Universidade de São Paulo. O projeto foi financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Informações adicionais podem ser obtidas na tese de doutoramento de Bolivar Antunes Matos intitulada “Avaliação da ocorrência e do transporte de microrganismos no aqüífero freático do cemitério de Vila Nova Cachoeirinha, município de São Paulo” defendida no dia 30 de maio de 2001 no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. Exemplares disponíveis na biblioteca do Instituto de Geociências da USP. A tese pode ser inteiramente copiada a partir do portal Saber.
Outros sites sobre o assunto:

· Critério de seleção de locais para implantação de cemitérios na África do Sul
· Impacto ambiental provocado por cemitérios na Austrália

Mais informações:
BASTIANON, D.; MATOS, B.A.; AQUINO, W.F.; PACHECO, A.; MENDES, J.M. (2000) Geophysical surveying to investigate groundwater contamination by a cemetery. In: SYMPOSIUM ON THE APPLICATION OF GEOPHYSICS TO ENGINEERING AND ENVIRONMENTAL PROBLEMS, Arlington, VA, U.S.A., 2000. Proceedings. Arlington, Environmental and Engineering and Geophysical Society. p. 709-718.
BRAZ, V.; BECKMANN; COSTA E SILVA, L. (2000) Integração de resultados bacteriológicos e geofísicos na investigação da contaminação de águas por cemitérios. In: CONGRESSO MUNDIAL INTEGRADO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, 1., Fortaleza, 2000. Anais. Fortaleza, ABAS. 1 CD-ROM.
CARVALHO JUNIOR, M.A.F.; SILVA, L.M.C. (1997) SP e eletrorresistividade aplicados ao estudo hidrogeológico de um cemitério. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOFÍSICA, 5., São Paulo, 1997. Resumos expandidos, São Paulo, Sociedade Brasileira de Geofísica, p. 471-474.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL (1999) Implantação e operação de cemitérios. Procedimento. São Paulo, CETESB. 6 p. (L1.040).
DENT, B.B.; KNIGHT, M.J. (1998) Cemeteries: a special kind of landfill. In: PROCEEDINGS OF IAH SUSTAINABLE SOLUTIONS CONFERENCE, February, 1998. Kenilworth, International Association of Hydrologists.
FRANCO, D.R. (2005) Avaliação de indicadores de poluição em águas subterrâneas em duas necrópoles do município de Belo Horizonte - MG. Belo Horizonte, 75 p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Veterinária da Universidade de Minas Gerais.
MARTINS, M.T.; PELLIZARI, V.H.; PACHECO, A.; MYAKI, D.M.; ADAMS, C.; BOSSOLAN, N.R.S.; MENDES, J.M.B.; HASSUDA, S. (1991) Qualidade bacteriológica de águas subterrâneas em cemitérios. Revista de Saúde Pública, v. 25, n. 1, p. 47-52.
MATOS, B.A. (2001) Avaliação da ocorrência e do transporte de microrganismos no aqüífero freático do cemitério de Vila Nova Cachoeirinha, município de São Paulo. São Paulo, 115 p. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo. (Orientação do Prof. Dr. Alberto Pacheco)
MATOS, B.; PACHECO, A.; RODRIGUES, D.; PELLIZARI, V.; MEHNERT, D. (2001) Using coliphage T4 as a tracer in soil columns. Virus Reviews & Research.
MATOS, B.A.; PACHECO, A. (2000) Ocorrência de microrganismos no aqüífero freático do cemitério Vila Nova Cachoeirinha, São Paulo. In: CONGRESSO MUNDIAL INTEGRADO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, 1., Fortaleza, 2000. Anais. Fortaleza, ABAS.
MATOS, B.A.; PACHECO, A.; RODRIGUES, D.; GAMBA, R.; PELLIZARI, V. (1999) Transporte de microrganismos no aqüífero freático em cemitério: estudos em escalas de campo e de laboratório. In: SIMPÓSIO DE HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS DOS PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA, 4., Coimbra, 2000. Comunicações. Coimbra, APRH.
MATOS, B.A.; BASTIANON, D.; BATELLO, E.; PACHECO, A.; PELLIZARI, V.; MENDES, J.M.B. (1998) Contaminação do aqüífero livre em cemitérios: estudo de caso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, 10., São Paulo, 1998. Anais. São Paulo, ABAS.
MATOS, B.A.; YAMAMOTO, J.K.; PACHECO, A. (1997) Sobrevivência e transporte de micróbios patogênicos em aqüíferos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 12., Vitória, 1997. Anais 3. Vitória, ABRH, p. 519-524.
MATOS, B.A.; YAMAMOTO, J.K.; PACHECO, A. (1997) Mecanismos de transporte e retenção de microorganismos patogênicos em aqüíferos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 12., Vitória, 1997. Anais 3. Vitória, ABRH, p. 525-532.
MENDES, J.M.B.; PACHECO, A.; HASSUDA, S. (1989) Cemitérios e meio ambiente - a geofísica como método auxiliar na avaliação de sua influência nas águas subterrâneas. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS SOBRE O MEIO AMBIENTE, 2., Florianópolis, 1989. Anais. Florianópolis, UFSC, v. 1, p. 50-57.
MIGLIORINI, R.B. (1994) Cemitérios como fonte de poluição em aqüíferos. Estudo do Cemitério Vila Formosa na bacia sedimentar de São Paulo. São Paulo, 74 p. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo.
MIOTTO, S.L. (1990) Aspectos geológico-geotécnicos da determinação da adequabilidade de áreas para a implantação de cemitérios. Rio Claro-SP, 116 p. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista.
PACHECO, A. (2006). Cemitérios: risco de contaminação da água. Entrevista ao "Conselho em revista" - CREA - RS, Ano III, setembro n. 25, p. 12 a 14.
PACHECO, A. (2006). Os cemitérios e o ambiente. Ambientebrasil on line, 2p.PACHECO, A. (2006). Os cemitérios e o ambiente. Revista do CREA - RS, ano III, n. 24, p.30
PACHECO (2000) Cemitérios e meio ambiente. São Paulo, 102 p. Tese (Livre Docência) - Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo.
PACHECO, A. (1986) Os cemitérios como risco potencial para as águas de abastecimento. Revista do Sistema de Planejamento e da Administração Metropolitana, Ano 4, n. 17, p. 25-37.
PACHECO, A.; BATELLO, E. (2000) A influência de fatores ambientais nos fenômenos transformativos em cemitérios. Revista Engenharia e Arquitetura, v.2, n. 1, p. 32-39.
PACHECO, A.; MATOS, B.A. (2000) Cemitérios e meio ambiente. Revista Tecnologias do Ambiente. Lisboa, Portugal, Ano 7, n. 33, p. 13-15.
PACHECO, A.; MENDES, J.M.B. (1990) Cemitérios podem contaminar as águas subterrâneas. Saneamento Ambiental, v. 6, p. 31-33.
PACHECO, A.; MENDES, J.M.B.; MARTINS, T.; HASSUDA, S.; KIMMELMANN, A.A. (1991) Cemeteries - a potential risk to groundwater. Water Science and Technology, v. 24, n. 11, p. 97-104.
PACHECO, A.; SARAIVA, F.A. Normas a que deve obedecer a escolha de terrenos pra a instalção de cemitérios públicos em Portugal. Revista Tecnologias do Ambiente. Lisboa (Portugal), maio/junho, 2005, ano 12, n. 65, p. 12-14.
PACHECO, A.; SARAIVA, F.A.; BRITES, J.A.A. (2004) Cemitérios - Um risco de contaminação para as águas subterrâneas. Revista ambiente 21, Lisboa, p. 52-54.
PACHECO, A.; SARAIVA, F. A.; FORMAGGIA, D.M.E. (2006). Riscos ambientais e sanitários do sepultamento em columbários. Revista saneamento ambiental, ano XVI, n. 119 - março/abril, p. 41 - 43.
PACHECO, A.; SILVA, L.M.; MENDES, J.M.B.; MATOS, B.A. (1999) Resíduos de cemitérios e saúde pública. Revista Limpeza Pública, v. 52. p. 25-27.
PEQUENO MARINHO, A.M.C. (1998) Contaminação de aqüíferos por instalação de cemitérios. Estudo de caso do Cemitério São João Batista. Fortaleza, 88 p. Dissertação (Mestrado) – Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará.
RODRIGUES, D.; MATOS, B.A.; PACHECO, A.; PELLIZARI, V. (2000) Transport and retention of coliphage T4 in soil columns from a cemetery in São Paulo, Brazil. In: WORLD WATER CONGRESS OF THE INTERNATIONAL WATER ASSOCIATION, 1., Paris, 2000. Conference Preprint, Paris, IWA, Book 7, p. 154-155.
RODRIGUES, L.F.S.P, V. (2002) Avaliação dos riscos de contaminação das águas subterrâneas por cemitérios - Casos de estudo. Porto, 134p. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (Portugal). (Orientação do Prof. Dr. Alberto Pacheco)
SILVA, L.M. (1998) Cemitérios: fonte potencial de contaminação dos aqüíferos livres. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE HIDROLOGIA SUBTERRÂNEA, 4., Montevideo, 1998. Memorias , Montevideo, ALHSUD, v. 2, p. 667-681.
TRICK, J.K.; WILLIAMS, G.M.; NOY, D.J.; MOORE, Y; REEDER, S. (1999) Pollution potential of cemeteries: Impact of the 19th century Carter Gate Cemetery, Nottingham. British Geological Survey, Keyworth, Nottingham, United Kingdom (Technical Report WE/99/4, Environment Agency Technical Report NC/99/24).
UCISIK, A. S.; RUSHBROOK, P. (1998) The impact of cemeteries on the environment and public health. An introductory briefing. WHO Regional Office for Europe, Rept. EUR/ICP/EHNA 01 04 01 (A). 11 p.
YOUNG, C.P.; BLACKMORE, K.M.; LEAVENS, A.; REYNOLDS, P.J. (1999) Pollution potential of cemeteries. Draft Guidance. Environment Agency R&D Dissemination Centre, United Kingdom (R&D Technical Report P223).
YOUNG, C.P.; BLACKMORE, K.M.; LEAVENS, A.; REYNOLDS, P.J. (1999) Pollution potential of cemeteries. Environment Agency R&D Dissemination Centre, United Kingdom (R&D Project Record P2/024/1).

Universidade de São Paulo. Instituto de Geociências. Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental. Rua do Lago, 562. Cidade Universitária. 05508-900. São Paulo-SP, Brasil. Fone: 55-11-3091.4239. Fax: 55-11-3091.4207.
Página desenvolvida por Bolivar A. Matos
Atualizada em 23 novembro de 2006.

Rua do Lago, 562 - Cidade Universitária - CEP 05508-900 - São Paulo - SPe-mail: igc@usp.br - Fone (11) 3091 4274 - Fax (11) 3091 4295

Cemitério de Tefé - Amazonas




Junho 25, 2008

Cemitérios urbanos podem contaminar lençol freáticoPor Pedro PontesÉ o que diz a pesquisa realizada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A pesquisa, que foi realizada na cidade de Curitiba, aponta que devido à má estruturação desses cemitérios urbanos grandes problemas ambientais estão sendo causados.Entre os problemas está a contaminação dos lençóis freáticos das cidades. Isso acontece devido o processo decomposição dos corpos que liberam um líquido chamado de necrochorume que e composto de água, sais minerais e substâncias orgânicas. Um outro grande vilão dos lençóis freáticos são as substâncias que fazem parte da composição dos caixões como: vernizes, colas, tintas e metais pesados que são utilizados nas alças.No caso de Tefé, município do estado do Amazonas, a história não é diferente. O cemitério da cidade, além de ser bastante antigo, é localizado no meio da cidade e está bastante lotado. Devido a sua localização, o cemitério da cidade é rodeado por poços artesianos domésticos que são utilizados pela população vizinha ao cemitério, que também fica próximo à margem do lago de Tefé. O cemitério de Tefé, assim como os estudados da cidade de Curitiba, apresenta as mesmas características negativas que provocam prejuízos ao meio ambiente. O que é bastante preocupante.A engenheira agrônoma Elma Romanó aponta como possíveis soluções a impermeabilidade dos túmulos, o uso de material biodegradável na fabricação dos caixões e a introdução de peróxido de cálcio nas urnas funerárias, oxidante capaz de acelerar o processo de decomposição dos corpos e a criação de cemitérios verticais que seriam uma boa alternativa, não somente para os problemas ambientais, assim como também para os problemas de espaço.

Postado por Kaamirã às Quarta-feira, Junho 25, 2008

CEMITÉRIO/ORIGEM DA PALAVRA


Cemitério é o lugar onde são sepultados cadáveres humanos. Na maioria dos casos os cemitérios são lugares de prática religiosa.
Por analogia, chama-se cemitério um lugar onde se enterram ou acumulam produtos, tipicamente resíduos e detritos (por exemplo, cemitério de resíduos nucleares). É o mesmo que necrópole ou sepulcrário.

A palavra "cemitério" (do latim tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [kimitírion], a partir do verbo κοιμάω [kimáo] "pôr a jazer" ou "fazer deitar") foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura de seus mortos.

Os cemitérios ficavam geralmente longe das igrejas, fora dos muros da cidade: a prática do sepultamento nas igrejas e respectivos adros era desconhecida nos primeiros séculos da era cristã. A partir do séc. XVIII criou-se um sério problema com a falta de espaço para os enterramentos nos adros das igrejas ou mesmo nos limites da cidade; os esquifes se acumulavam, causando poluição e doenças mortais, o que tornava altamente insalubres as proximidades dos templos. Uma lei inglesa de 1855 veio regular os sepultamentos, passando estes a ser feitos fora do centro urbano. A prática da cremação, cada vez mais frequente, permitiu dar destino aos corpos de maneira mais compatível com as normas sanitárias.

Cemitério da Paz em Poá - SP - Brasil, com arquitetura gótica.
Em muitas cidades existem cemitérios onde os ritos funerários são cumpridos de acordo com a respectiva religião (católica, protestante, judaica, islâmica) ou fraternidade (maçônica). Criaram-se também cemitérios nacionais para o sepultamento de chefes militares e figuras notáveis da vida pública, como o de Arlington, perto de Washington DC, EUA. Alguns cemitérios modernos rompem com a imagem tradicional das necrópoles com jazigos e monumentos de mármore, substituindo-os por parques arborizados (memorial parks), onde simples chapas de metal assinalam local da sepultura ( wikipédia)Cemitério é o lugar onde são sepultados cadáveres humanos. Na maioria dos casos os cemitérios são lugares de prática religiosa.
Por analogia, chama-se cemitério um lugar onde se enterram ou acumulam produtos, tipicamente resíduos e detritos (por exemplo, cemitério de resíduos nucleares). É o mesmo que necrópole ou sepulcrário.

A palavra "cemitério" (do latim tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [kimitírion], a partir do verbo κοιμάω [kimáo] "pôr a jazer" ou "fazer deitar") foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura de seus mortos. Os cemitérios ficavam geralmente longe das igrejas, fora dos muros da cidade: a prática do sepultamento nas igrejas e respectivos adros era desconhecida nos primeiros séculos da era cristã. A partir do séc. XVIII criou-se um sério problema com a falta de espaço para os enterramentos nos adros das igrejas ou mesmo nos limites da cidade; os esquifes se acumulavam, causando poluição e doenças mortais, o que tornava altamente insalubres as proximidades dos templos. Uma lei inglesa de 1855 veio regular os sepultamentos, passando estes a ser feitos fora do centro urbano. A prática da cremação, cada vez mais frequente, permitiu dar destino aos corpos de maneira mais compatível com as normas sanitárias.

Cemitério da Paz em Poá - SP - Brasil, com arquitetura gótica.
Em muitas cidades existem cemitérios onde os ritos funerários são cumpridos de acordo com a respectiva religião (católica, protestante, judaica, islâmica) ou fraternidade (maçônica). Criaram-se também cemitérios nacionais para o sepultamento de chefes militares e figuras notáveis da vida pública, como o de Arlington, perto de Washington DC, EUA. Alguns cemitérios modernos rompem com a imagem tradicional das necrópoles com jazigos e monumentos de mármore, substituindo-os por parques arborizados (memorial parks), onde simples chapas de metal assinalam local da sepultura



Cemitérios famosos

O túmulo de Chopin, no Cemitério do Père-Lachaise, em Paris.
Um dos mais famosos cemitérios do mundo é o Cemitério do Père-Lachaise, de Paris, assim chamado devido a um confessor jesuíta de Luís XIV que ali tinha residência. Vêem-se no Père-Lachaise, entre outros, os túmulos de Abelardo e Heloísa, Molière, Chopin, Musset, Balzac e Comte. Na Itália são dignos de nota, pela sua beleza, os cemitérios de Gênova e Milão. Na europa existem diversos cemitérios medievais, que aos poucos, quando escavados, são uma preciosa fonte para a compreensão de certos hábitos alimentares, doenças e anatomia do homem medieval. A título exemplificativo, poderemos ver o Cemitério medieval das Barreiras, localizado em Fão, no concelho de Esposende, entre muitos outros.

Cemitérios como fonte de pesquisa
O cemitério faz parte do roteiro histórico de visitação em diversas regiões turísticas do mundo, como por exemplo, o Père-Lachaise, em Paris, na França e o Recoleta, em Buenos Aires, na Argentina, nos quais são identificados elementos que demonstram a história social e artística destas regiões, através da estatuária, das obras arquitetônicas, dos epitáfios e dos símbolos encontrados e analisados nos túmulos, valorizando e exaltando a preservação desse imenso patrimônio público, que ficaram conhecidos como “museus ao céu aberto”.
Os cemitérios podem nos dar valiosas informações, como sugere Harry Bellomo, no livro Cemitérios do Rio Grande do Sul (Brasil): Arte, Sociedade e Ideologia. Sendo eles uma:

Cemitério militar Norte americano, em Colleville-sur-Mer, Normandia, França, onde estão enterrados milhares de soldados americanos mortos na Segunda Guerra Mundial.
Fonte histórica para preservação da memória familiar e coletiva
Fonte de estudo das crenças religiosas
Forma de expressão do gosto artístico
Forma de expressão da ideologia política
Forma de preservação do patrimônio histórico
Fonte para conhecer a formação étnica
Fonte para o estudo da genealogia
Fonte reveladora da perspectiva de vida
Essas informações são obtidas através da análise de epitáfios, de fotos tumulares, das simbologias contidas nas obras funerárias e da expressão artística dos monumentos e mausoléus.